segunda-feira, 24 de junho de 2013

Comunicação Interna no Setor Público

As apresentações da Embrapa e do Senado Federal deram a tônica de como anda a Comunicação Interna no Setor Público, e despertaram o interesse de uma boa parcela da audiência.

EMBRAPA
Diversidade talvez seja a principal característica do público interno da Embrapa, e também da estrutura da instituição. Diante desta realidade, a elaboração de uma Política de Comunicação e de um Plano Integrado de Comunicação foram fatores basilares para o trabalho desenvolvido pela equipe de Gilceana Galerani.

Outras ferramentas consideradas estratégicas e que auxiliam o trabalho de comunicação interna na instituição fundada em 1973 são o Código de Ética e Conduta, o Documento Orientador da Embrapa nas mídias sociais, o Manual de Conduta em Mídias Sociais e o Manual de Redação de Textos Jornalísticos.

De 1995 para cá a Embrapa passou por mudanças administrativas internas e pressões externas que resultaram em uma visão mais estratégica da comunicação, amplamente apoiada por pesquisas - seguindo, aliás, o perfil científico da própria entidade.



Após mostrar as ações em curso e programadas para os 40 anos da Embrapa, Gilceana encerrou sua apresentação elecando os desafios da CI da instituição - e que não diferem muito de tantas outras organizações privadas:

>> Integrar na diversidade geográfica, cultural, estrutural;
>> Fortalecer a parceria com os gestores;
>> Lidar bem com a “Cultura de cientista” (cuja tendência natural é de não compartilhar informações, desconfiar, questionar, não participar);
>> Tratar de temas sensíveis (transgênicos, uso da terra, etc.);
>> Aprimorar as relações sindicais;
>> Comunicar a atuação internacional da Embrapa e integrar;
>> Dar continuidade a ações de integração entre gerações: novos empregados (renovação do quadro funcional);
>> Implementar nova estrutura da Secretaria de Comunicação.

SENADO FEDERAL
Uma das instituições que mais aparece na mídia, o Senado passava por mais uma crise com seu público interno em decorrência do descrédito junto à sociedade em 2011. Os servidores recebiam as notícias sobre a organização pela imprensa. A realidade daquela época era de presença maciça do rádio corredor, insegurança entre os servidores em função da crise de imagem e do anúncio de ajustes por parte da administração, comunicação interna praticamente inexistente e falta de comunicação entre as áreas, muitas delas ilhas de excelência no Serviço Público.


Ainda que pesquisas internacionais mostrem que o Poder Legislativo enfrenta crises de credibilidade em todo o mundo, por aqui alguns servidores tinham vergonha de admitir publicamente que trabalhavam na casa, explica Paulo Ricardo Meira, coordenador de criação e marketing da SECS.

A partir de 2011, um momento de mudança na gestão propiciou uma alteração na Comunicação Interna do Senado, que se inspirou no modelo da Embrapa de "guardiões da marca" e que realizou benchmarking com mais de 30 manuais de identidade visual de instituições públicas do Brasil e do Exterior para criar seu próprio manual. Até então, 43 marcas distintas identificavam setores, programas e departamentos do Senado.



Esta padronização, entre outras ações, buscou revitalizar a imagem da Casa, e restituir aos seus servidores o orgulho e o sentimento de pertença. Também foram reformuladas a Intranet, as peças impressas, a política de treinamentos e eventos. Como foco, valorizar a instituição, o servidor e seu ambiente de trabalho, e a comunidade.

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